sábado, 26 de julho de 2008

OPORTUNIDADES PARA O CONCELHO!



O governo criou mais um instrumento de financiamento, que nós gostaríamos fosse acessível a todos quantos o desejassem e distribuído equitativamente, convergindo capitais de risco, microcrédito e empréstimos de taxa euribor para Pequenas e Médias Empresas, com potencial de negócio inovador e sustentado.
As nossas associações empresariais locais estão organizadas, para responder à dificuldade cognitiva dos empresários, incapazes de formalizarem pedidos, ou de enunciarem projectos de ideias, por si só?
Qual a concretização orgânica da Câmara Municipal, para responder constantemente às necessidades de gestão e iniciativa de negócio dos munícipes mais empreendedores, ajudando-os a elaborar projectos, planos e candidaturas? As estruturas públicas, apesar de dependerem da rentabilidade das estruturas privadas, continuam a viver divorciadas de quem as sustenta, ou este executivo vai conseguir dar o passo em frente? Ao Partido Social Democrata interessa que sim, pelo que confiamos que tudo será feito neste sentido, com a colaboração dos que forem permitidos participar, pelo reconhecimento da sua maior valia!
O facto de o concelho não se ter desenvolvido, a par dos mais desenvolvidos, permite a reflexão cuidada, com espaço para a participação das melhores competências, para evitarmos os erros dos outros municípios, bem como a parolice de querer ter o mesmo, que os outros têm!
Este concelho tem enormes potencialidades naturais, para aplicar os conceitos de desenvolvimento sustentado, a praticar no futuro; passa pelos projectos de suficiência energética, de eficiência energética, de arquitectura biológica, de reaproveitamento e reciclagem, de eco-eficiência das actividades e do aproveitamento integrado de recursos. A título de exemplo, devemos apostar em piscinas ecológicas (bio-piscinas), que não são mais que reservatórios de cursos de água naturais, onde se instala um sistema de oxigenação e depuração natural, com sistemas de recolha e filtragem de resíduos! É uma tecnologia inócua para a saúde e pode ser instalada apenas com os recursos da Autarquia, sem necessidade de contratação de serviços externos!
Há, também, que olhar para o espaço florestal, que pode ser fonte de receita variada para proprietários e seus gestores. Existem empresas, em Portugal, que estão a comprar matéria-prima ao estrangeiro, que nós temos ao abandono, no nosso Concelho! Por falta de um plano de aproveitamento integrado da floresta, e que deve começar com o reordenamento vegetal do nosso Bioma.
A floresta é um componente essencial de articulação com as políticas de incentivo agrícola; nós inserimo-nos na "região do vinho verde"; face à influência climática da montanha do Gerês e às correntes de salssugem oceânica, que nos chegam da proximidade com a costa atlântica, temos condições privilegiadas de favorecimento de determinadas castas de vinha, para o seu melhoramento e aprimoramento fenotípico de vinhos generosos. O ministério da agricultura aposta forte no alargamento do programa "VITIS", obrigando à reestruturação de vinhas, até 2013, com majoração para as estruturas associativas, e que prevê até compensação de perdas de rendimento, derivadas dos planos de reestruturação. O fundo perdido inicial estima-se na ordem dos 60%! Existem investidores espanhóis interessados, mas também existem sociedades angolanas, interessadas em participar nas sociedades constituídas, ou que vierem a constituir-se, embora em negócios com vertente industrial! É tempo de formarem-se associações de produtores e proprietários.
Fundamental, no âmbito da direcção de projectos e seu desenvolvimento tecnológico, é a constituição de uma sociedade para a criação do parque empresarial e tecnológico, onde se interessarão centros tecnológicos universitários, a autarquia, associações empresariais, associação de parques de ciência e tecnologia, centros tecnológicos profissionais e agência de inovação. Os melhores projectos nacionais, de criação de centros tecnológicos empresariais, orçaram recentemente os 6 milhões de Euros globais...! É preferível investir em prioridades produtivas de recursos essenciais, canalizando a criatividade para investimento rentável em actividades de suporte à nossa existência. Muitos não resistem a gastar perdulariamente, para termos de sustentar grupos de diversão, enquanto o povo assiste na penúria!

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