quinta-feira, 24 de julho de 2008

CASOS POLÍTICOS LOCAIS, DA SEMANA!


(1ª semana/Março/2009) - Com mais um mandato a terminar, ficamos a saber que o concelho está mais pobre, também do ponto de vista social; as urgências hospitalares foram transferidas para Braga, o centro de saúde deixou de fazê-las, para que os hospitais novos de Braga justifiquem o número de clientes, que estiveram na base dos respectivos projectos de viabilidade de construção e funcionamento! Temos, cada vez mais, um Estado a trabalhar para os privados, com a impotência, ou omissão dos gestores políticos locais, mas com a conivência e colaboração activa das entidades governamentais. Possivelmente, o antigo ministro da saúde já deve estar a trabalhar num grande grupo económico da saúde, como prémio! Os Povoenses podem descansar, que agora terão mais saúde a cuidar das suas carteiras, como castigo pelo seu consentimento, de nada terem feito!
Também ficamos a saber que a continuidade da Braval está assegurada, apesar de um tribunal de Braga ter decidido o seu encerramento até 2010; o Presidente da Câmara acha que o aterro é um mal necessário. De certeza que é um mal para os Povoenses, mas deve ser agora necessário a alguém...entretanto, o administrador delegado da Braval preferiu nomear-se como director executivo; será que está a prever a perda de Poderes, de alguém mais importante?
(3ª semana/ Dezembro/ 2008) - Como um jornal local publica; tudo aprovado! Começa a ser moda a cooperação institucional; é um jogo perigoso, em que o caçador julga ter caçado e a caça finge ser caçada...; veremos se a astúcia se confirma, pois que outra coisa não é de esperar de quem se afirma na política, pela via das jogadas conspiradoras. Para já têm garantido, uns e outros, o seu quinhão em ofertas de emprego e adjudicação directa de obras. O governo socialista até já promulgou maiores limites para os valores de adjudicação directa. Vai ser tão bom para os fornecedores-clientes das autarquias, mas muito mau para a democracia! Pode ser o último suspiro...resta saber se por cá haverá bom senso, para dinamizar a economia dos empreendedores locais, aumentando a riqueza das gentes povoenses! No acto eleitoral, que se avizinha, se der tempo, o povo julgará as cumplicidades estabelecidas entre os interesses, aparentemente divergentes, de executivo e oposição. De todo o modo, a verdadeira social democracia começa a ter pernas para começar a andar neste concelho!
(3ª semana/ Outubro/ 2008) - Apesar de os jovens terem um longo percurso de aprendizagem social pela frente, pois que ainda se distanciam dos vícios comportamentais dos acomodados e instrumentalizadores do sistema, começam a perceber que está na mão deles mudar...! A estrutura de juventude política do PSD concelhio organizou um evento da máxima importância para a Vida laboral de todos; num tempo em que os Partidos atrapalham e castram a justiça social, mais do que ajudam, a "FEIRA DAS OPORTUNIDADES" vem dizer-nos que os políticos também podem ajudar os cidadãos, em vez de estarem constantemente a pensarem em safar-se e a segredar oportunidades de trabalho para os amigos! À falta de boas iniciativas séniores concertadas, os jovens querem pegar nos seus destinos, distribuíndo por todos, em igualdade de oportunidades; que o façam periódica e sistematicamente, a bem do futuro mais risonho de todos e do cumprimento da social-democracia! Que se empenhem na criação de uma bolsa permanente de emprego, em articulação com as necessidades das empresas, procurando desenvolver formação para a especialização técnica, para a atitude cívica e para a mentalidade laboral; para ajudarem a desenvolver a "Póvoa" e para serem mais social-democratas!
(1ª semana/ Outubro/ 2008) - Parece que o plano de re-equilíbrio financeiro da autarquia acabou por receber a aprovação da oposição socialista, no fim de um complicado processo negocial, porque a política ainda continua a ser um negócio de interesses para os Partidos; o Partido Socialista quer que os seus autarcas não fiquem mal vistos junto das suas freguesias (dos seus fregueses). À velha maneira política, a visibilidade das políticas, granjeadora de votos, continua a ser o volume e impacto visual das obras, que ao momento ainda não são suficientes, para que o Partido Socialista continue a merecer o governo das freguesias. Conseguida que foi a vitória socialista, nesta matéria, já poderão dizer aos eleitores que conseguiram mais obra da "Câmara", apesar de terem dado um valente "puxão de orelha", pelos gastos e dívidas do executivo; dupla vitória política! Os argumentos trazidos a público no Diário do Minho, pela comissão política do PS, são contudo falaciosos, pois que quem condena o despesismo e o endividamento, agora, não pode aprovar o recurso sistemático ao financiamento insustentado! Até porque assim, o executivo tem mais uma folga para mais obra e cumprimento do programa de mostra. Poder e oposição continuam a governar à maneira medieval, apenas interessados no imediato, sempre com um enorme repúdio pelas ideias exógenas, num manifesto acto de isolamento ideológico e até de inconfessada xenofobia! Quem se contenta com o pouco que consegue, como se fosse muito, é como o pior dos cegos, porque não quer ver que os "paus" podem ter mais que dois bicos!
(3ª semana/Setembro/2008) - Regressa a polémica da aprovação da adesão da autarquia ao plano de reequilíbrio financeiro. Trata-se de uns tentarem convencer outros, pelo uso de falácias, da necessidade de contraír mais empréstimos, para pagar a fornecedores. Que bom sería se pudéssemos todos continuar a endividar-nos, num quadro de colapso do sistema financeiro mundial, que já obrigou a cativar fundos públicos das reservas, para viabilizar a existência de instituições privadas; melhor será que tenhamos todos consciência de que só podemos gastar o que ganhamos. Os gestores políticos continuam a gastar além das medidas, para poderem concorrer uns com os outros, tentando agradar ao povo que pede obras, empregos e outras coisas mais, quase sempre a pensar apenas nas necessidades individuais! Sobretudo, é bom que o executivo municipal não ceda à tentação de corresponder aos pedidos de empresas, que querem continuar a executar boas obras, como das que já não se fazem muito; teleféricos, centros culturais, e inovações importadas, que qualquer um pode fazer com a prata da casa!
Ah! Começou a guerra das compras de votos; existem pessoas afectas a Partidos da oposição ao executivo municipal, que fingem dar empregos a militantes de outros Partidos. Acreditam, uns e outros, que é mais importante dar emprego às pessoas que ainda não pertencem aos seus Partidos. Parece que o povo está a ficar mais esperto que os políticos que dominam os Partidos! É aproveitar, que o voto é secreto! Pena que as competências para os lugares já não garantam bons serviços aos cidadãos, uma vez que os recrutamentos são apenas de interesses próprios.
(4ª semana/Agosto/2008) - Agitam-se as opiniões sobre a mudança de planos de realização da "rave - Ecoundersky"; originalmente agendada para a Póvoa, foi transferida para o Porto. Muitos dos que se opuseram aos incómodos provocados pela primeira edição, subentendendo até a discordância da sua realização, acabam agora por protestar da sua mudança. A "Câmara" limitou-se a seguir as aspirações lícitas dos munícipes, enveredando pela radicalidade do cumprimento legal anti-ruído. Contudo, as naturezas das acções condicionam a sua realização, pelo que era possível ter melhor festa, alterando-se aspectos técnicos da instalação da iniciativa, local e horário de realização. À falta de conhecimento e imaginação, resta cumprir os normativos legais a uns e a cábula da luta política primária de oposição a outros!
Mas também regressaram assuntos recorrentes; a polémica do apoio ao ISAVE, a situação das urgências do Centro de Saúde, o desemprego e a insegurança, também locais.
Há quem defenda o financiamento público das entidades privadas lucrativas; todos gostávamos de ter os nossos negócios financiados por todos os cidadãos, ainda que não fossem nossos clientes, mas não temos o Poder institucional dos que tentam controlar a vontade particular de alguns políticos, óbviamente não representantes dos interesses colectivos do Bem comum do povo concelhio.
O serviço de urgências dos Centros de Saúde foram simplesmente eliminados, e estão em fase de mudança para novas situações de cooperação com a clínica geral médica, prestada nestes Centros. Só alguns políticos ainda não perceberam isto, porque a tutela nacional tem aldrabado, para diminuir resistências locais. Contudo, as direcções dos Centros sabem a tendência imposta, pelo que se reservam ao silêncio, perante os autarcas! Os sinais estão com o conhecimento dos utentes, que já estão a ser enviados para Braga. Esta política foi traçada por um ministro, que já se ausentou para o sistema privado, ao serviço do qual esteve no governo; estão em causa as directivas comunitárias, para apoio à construção de unidades hospitalares, em parceria público-privada. Braga candidatou-se a um projecto, e estamos a sofrer com o oportunismo dos outros. Pois é, o financiamento tem de ser justificado pelos rácios de utilização das actuais unidades hospitalares; claro que se estiverem saturados, torna-se mais apetecível à participação privada aderir ao negócio de resolução do desespero dos doentes (ora aí têm a boa da Europa)!
Finalmente o desemprego e a insegurança, porque estão intimamente ligados; se existem cada vez mais portugueses desesperados em pagar o que devem, porque os salários reais estão a diminuír ou porque perdem os empregos, é fácil perceber que os desgraçados preferem ir roubar e furtar, à semelhança do que todos fazem, embora a maioria com permissão legal (preços e impostos exagerados), em vez de emigrar ou morrer à fome. Pena que o façam em revolta violenta, dirigida contra quem não tem culpa pela injustiça dos senhores do sistema. A este propósito, os números do desemprego não são os referidos pelo governo ou pelos que o defendem na mentira e aldraba. Aos números registados pelo INE somem os que deixaram de estar inscritos nos Centros de Emprego, não porque reentraram no mercado de trabalho nacional, mas sim porque emigraram, ou vão trabalhar diariamente a Espanha, junto às fronteiras, não esquecendo os abatimentos por falecimento e outras causas, como paradeiro incerto (marginalidade e sem-abrigo). A melhor forma de resolver um problema não é camuflá-lo, mas sim conhecê-lo, divulgá-lo e debatê-lo sem medos, para encontrar resolução, pela alteração da prática política! Só os medíocres escondem as verdades, pois não sabem como resolver e entram em pânico; há quem prefira beber para esquecer. Aos de bom senso resta melhorar, tentando humanizar o sistema e a política social, para deixar de ter criminalidade, desde que se acabem com os egoísmos dos gananciosos, com as injustiças salariais e com as inúmeras repressões, em que o actual Estado é pródigo. Cumpra-se com a democracia, geradora da felicidade individual e da justiça social! Carecemos de políticos, que saibam actuar nas causas dos problemas; que conheçam o funcionamento oculto da sociedade.
(1ª semana/Agosto/2008) - A Câmara Municipal abriu o Gabinete de Apoio à Família; o Presidente da Câmara defendeu que o maior investimento é nas pessoas e não nas grandes obras. Numa época de agravar de dificuldades para os mais frágeis, é uma boa atitude política. Esperamos que tenha sido dada a tónica, a par das políticas estruturantes das potencialidades de crescimento económico, para o que realmente importa, na estratégia de acção dos municípios rurais! Congratulamo-nos e pensamos ser isso que todos devem defender, em nome da felicidade de todos, com natural preocupação de reparo das injustiças sociais! Obrigado.
(4ª semana/Julho/2008) - O Partido Socialista defende publicamente a sua posição na última assembleia municipal, onde vetou a possibilidade de a Câmara municipal contrair um empréstimo, ao abrigo do programa governamental de equilíbrio financeiro dos municípios. Politicamente, o programa serve melhor os executivos com maioria parlamentar municipal, uma vez que o referido programa não foi convertido numa ferramenta financeira de gestão executiva directa. Sabendo-se isto, não houve o ensejo de discutir, previamente, a viabilidade da adesão do município, com todos os representantes partidários, e na presença de todos os vereadores. Para que todos pudessem marcar a sua posição e até pudessem fornecer melhor apoio da decisão, numa postura de aconselhamento, sempre salutar em democracia! Competia ao senhor Presidente do executivo a defesa do interesse do Concelho, procurando colocar todos os analistas em linha com o interesse das populações!
Assim, resta agora a vantagem do Partido Socialista, em afirmar que está a refrear o despesismo da Câmara municipal, para que se evitem males maiores futuros para a população, que é sempre quem tem de pagar os excessos dos gastos públicos!
Ao Partido Social Democrata resta responder, e bem, a isto! Temos a certeza que haverão pessoas melhor habilitadas que nós, para encetar a melhor resposta, por estarem a representar os órgãos dirigentes do Partido, com a metodologia que escolheram.
A nosso ver, qualquer equipa política, quando em gestão, usa sempre as ferramentas usuais de despesismo, que qualquer cidadão usa; por isso, temos pessoas a contrairem empréstimos, para pagarem empréstimos. Continua a haver dificuldade de viver em função das receitas, pelo que o desenvolvimento aparente continua a traduzir-se no descalabro financeiro futuro das regiões, iludidas ainda pelo financiamento comunitário europeu! Queremos saber quais os gestores públicos, que já estão a preparar as instituições regionais, para o impacto do fim do financiamento comunitário europeu de desenvolvimento regional!
É esta responsabilidade que temos de defender, para termos maior credibilidade da acção política! Que o investimento possível seja apenas estruturante das potencialidades regionais e capaz de acrescentar mais valia produtiva, para efectuar retorno do investimento, em termos de desenvolvimento económico sustentado.

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